14 de Junho de 2010
Até agora, eu simplesmente não acredito que eu fui.
É engraçado quando eu penso que criei esse blog há umas 2 semanas, e no meio desse período, começou o SPFW Verão 2011 e eu decidi acompanhá-lo e colocar o que eu mais gostei aqui.
Eu nunca tinha acompanhado um SPFW de verdade, vendo todos os vídeos, desfiles e fotos de todos os dias. E eu adorei fazer isso, a cada dia que passava eu pensava o quanto eu queria estar lá.
Naquela manhã de segunda-feira, eu fui para escola para ter uma manhã normal, odiando a aula de educação- física, assistindo um seminário chato de matemática sobre um cara que não tinha o que fazer na Antiguidade e resolveu criar alguma coisa difícil para eu ter que estudar, almoçar aquela comida ruim da escola e passar uma tarde fazendo um trabalho de português. No final, eu fui parar do outro lado da cidade, no último dia do evento de moda mais importante de São Paulo.
Ok, mas vamos começar do começo (se é que isso tem um começo!).
O que aconteceu foi uma mistura daquela velha história de “eu tenho um amigo, que tem um amigo, que tem um amigo, que tem conhece alguém…” e de muuuuuuuita sorte (sem esquecer a cara de pau, óbvio!).
A questão é que, minha amiga tinha o nome na lista, meu amigo me deu o telefone certo, eu usei toda a minha habilidade teatral e falei que era amiga dessa minha amiga (ei, isso era mesmo verdade).
Cinco segundos depois, eu estava indo (sem saber direito como) para a Vila Madalena pegar o convite, deixando a minha Quase-Zona-Norte e meu amigos bravos comigo porque eu deixei eles fazendo o trabalho sozinhos.
Em duas horas, eu tinha que atravessar a cidade, pegar o convite e correr para a Bienal do Ibirapuera.
Eu gritei muito quando abri o envelope (do lado de fora do atelier, lógico hahaha)
Quando eu cheguei, nem acreditei quando vi aqueles cataventos azuis na entrada e, subindo uma rampa, aquela mini roda gigante. De repente eu estava andando do lado de lounges com plaquinhas como “Melissa”, “Seda” e das pessoas mais bonitas e esilosas que eu já tinha visto. Ah, é… parte ruim disso tudo: lembram que eu não sabia que ia para o Fashion Week? Lembram que eu estava na escola? Lembram que eu tinha duas horas para chegar lá? Voltar para casa e trocar de roupa estava fora de questão. Eu acabei indo de calça jeans, casaco preto, lenço azul (esse foi o que salvou, sério) e… tênis. Sim, eu queria morrer por causa do último item. Maaas… Agora é uma lição aprendida: Se você está na mesma cidade de um evento de moda, vá de salto para a escola (afinal, NUNCA se sabe né hahaha)
Já era quase hora do desfile para o qual eu tinha convite: Ronaldo Fraga!
Eu fiquei na fila dos setores DEF, ou seja, de pé. Quando todo mundo entrou, eu fiquei do lado de um segurança bonzinho lá trás, que me deixou entrar no setor F (cadeira, mais na frente). Sorte, outra vez. Assisti o desfile, e como eu estava na cadeira, saí com aquela sacolinha cheia de brindes do estilista.
Uma almofada super divertida, camiseta – com etiqueta Ronaldo Fraga, saco de pano onde estava guardada a camiseta, desenho de um dos modelos de vestido do desfile e uma flor igual aquela de papelão estava sobre cada cadeira.
Foi o meu primeiro desfile e, devo dizer, foi incrível!
O foco foi a região nordeste do Brasil.
Eu estava por ali, na área circulada em roxo, e aquele ali correndo circulado de verde é o Ronaldo. Repare que o chão tem a mesma estampa das flores que estavam em cima das cadeiras!
Todos os modelos usavam perucas prata, óculos escuro, batom vermelho super brilhante e paitês colados na coxa e braços, contrastando com as roupas, basicamente compostas por rendas e bordados, características nordestinas do país. Na minha interpretação, a ideia foi de simbolizar, com essa produção moderna das modelos junto com roupas “simplórias”, que devemos conseguir unir o nosso futuro com as verdadeiras raízes brasileiras, valorizar essa rica cultura que nós temos.
Conforme eles iam andando, os paitês caiam no chão com cada movimento que faziam, o que deixou o chão todo brilhante e um efeito ímpar no desfile.
Os meus preferidos!
De todos as maquiagens feitas no SPFW, na minha opinião, essa boca com paitês foi a mais original e a que causou o melhor efeito na passarela.
Eu também, Ronaldo, jamais vou esquecer.
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